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Após mais de sete horas de protestos da oposição que impedem a votação da reforma trabalhista, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fez um último apelo para que as senadoras desocupem a Mesa da Casa e permitam o início dos trabalhos. Ele fez o apelo após mandar religar as luzes do Plenário, cujo desligamento havia ordenado após o início dos protestos.


Em meio a protestos de governistas e oposicionistas, Eunício Oliveira retornou ao Plenário do Senado e disse que dará início aos procedimentos de votação de qualquer jeito. Se os parlamentares continuarem ocupando a Mesa, ele prometeu conduzir a votação em outro lugar da Casa.

De acordo com o presidente, as mobilizações da oposição são legítimas mas não se pode interromper os trabalhos. "Vou dar 20 minutos para um entendimento. Se não tiver, eu reabro os trabalhos e vou presidir em qualquer circunstância. Ou aqui ou em qualquer lugar desta Casa", disse.

Em entrevista antes de chegar ao Plenário, Eunício disse que tem sido democrático e patrocinou acordos anteriores, com o objetivo de promover o diálogo. Segundo ele, a matéria já poderia ter sido votada na última terça-feira (4).

Mais cedo, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) havia pregado resistência, afirmando que, se necessário, os parlamentares oposicionistas dormiriam no Plenário. De acordo com ele, o procedimento de iniciar os trabalhos a qualquer custo apenas vai contribuir com o acirramento dos ânimos.

"O Senado está de joelhos", reclamou Lindbergh, enquanto Eunício fazia o anúncio. Ele foi retrucado por parlamentares da oposição, que gritaram: "O Senado está de pé".