mineracao-cruzaderA australiana Crusader Resources obteve em janeiro receita recorde com a comercialização do minério de ferro extraído na mina de Posse, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No mês passado, as vendas do insumo siderúrgico totalizaram 2,65 milhões de dólares australianos (R$ 5,7 milhões).

Em relatório, a companhia informa que registrou um ótimo início de 2014, impulsionada pela demanda doméstica por minério de ferro. Além da produção de janeiro, as vendas englobaram a commodity estocada no complexo minerário.

Além disso, a empresa aponta que o aquecimento da demanda foi mantido em fevereiro. Para se ter uma ideia, os estoques de minério granulado na mina de Posse já foram comercializados.

Em seu relatório, a companhia aponta também que o licenciamento operacional irá permitir uma maior flexibilidade na gestão de suas operações, o que viabilizará um melhor fluxo de caixa nos próximos meses. Em janeiro, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a portaria de lavra do Projeto Posse.

Com a portaria publicada, a mineradora, que estava autorizada a produzir 65 mil toneladas mensais no complexo minério, poderá ampliar suas operações. O diretor-executivo da Crusader, Paul Stephen, chegou a afirmar que com a licença a empresa irá imediatamente iniciar o ramp uppara 80 mil toneladas de minério mensais. Além disso, há a perspectiva atingir a produção de cerca de 1,5 milhão de toneladas, ou 125 mil toneladas/mês, nos próximos 12 meses.

De acordo com informações da mineradora, os recursos indicados e inferidos no projeto Posse totalizam 36 milhões de toneladas com teor de 43,5% de ferro. O projeto é dividido em duas fases. No primeiro, estimado entre 18 meses e dois anos, o beneficiamento do insumo siderúrgico será feito através de um processo a seco. Já a segunda etapa deverá compreender uma planta de tratamento a úmido do minério, que poderá envolver um processo de separação magnética.

O complexo ocupa uma área de 109,36 hectares e tem a estrutura composta por cava a céu aberto, escritório, planta de beneficiamento, pátio de estoque de produtos e estacionamento.

Além da exploração de minério de ferro, a Crusader mantém o projeto Borborema, no Rio Grande do Norte. A empresa estima investimentos da ordem de R$ 400 milhões na exploração de ouro. (Rafael Tomaz/Diário do Comércio)