lauA Depol de Caeté tem a frente da subinspetoria, o investigador Laudiocínio Ol ivei ra Salgado, mai s conhecido como Lau. Nasceu em Umburatiba (MG), está há dez anos na cidade e se diz amante deste município. Perguntado como surgiu a vontade de ser policial, Lau deixou bem claro que veio do âmbito familiar, completa ainda dizendo que sua maior referencia é o seu pai, que
lauA Depol de Caeté tem a frente da subinspetoria, o investigador Laudiocínio Ol ivei ra Salgado, mai s conhecido como Lau. Nasceu em Umburatiba (MG), está há dez anos na cidade e se diz amante deste município. Perguntado como surgiu a vontade de ser policial, Lau deixou bem claro que veio do âmbito familiar, completa ainda dizendo que sua maior referencia é o seu pai, que
também é policial. Mas, além disto, tem os tios e primos que desempenham a mesma função. O investigador fala como começou a carreira. Foi estagiário no departamento de homicídios em Belo Horizonte e depois foi designado para vir trabalhar em Caeté. Lau ainda diz que a função do policial civil éprimordialmente a investigação, apuração dos crimes e delitos. “Não é difícil conter a criminalidade na cidade. A extensão do município é pequena e apesar da proximidade da capital, a cidade ainda tem um ar interiorano”. Os crimes crescem em todo o Brasil e Caeté tem como maior incidência o tráfico de drogas e uso de drogas, o que faz surgir delitos periféricos, como, furtos, arrombamentos, roubos que são usados para sustentar o vício. Lau diz que em 2003, teve um assalto com refém, que na qual houve trocas de tiros na Serra da Piedade, “atingimos os bandidos e resgatamos a vítima, sendo o trabalho da polícia muito rápido e eficiente”. Outro caso que ele relembra, é o assalto ao ônibus na BR 381. Segundo Lau, a situação era muito complicada, pois havia quarenta pessoas reféns, havendo troca de tiros, mas todos os bandidos foram presos.
Mais um caso que chamou a atenção do investigador, foi o caso da Praça de José Brandão, quando no reveillon de 2008, houve um tiroteio e uma vitima fatal. Dentro de uma semana os criminosos foram ident i f icados . A investigação se desenrolou em um curto período de tempo, sendo que seis pronunciados nos processos foram condenados. Em relação de bandidos o perseguir ou mesmo alguém da equipe, Lau diz que fica sabendo de boatos, mas nada de concreto. “Sei que os bandidos não gostam de nós, mas eles nos respeitam, não é nada pessoal, estamos apenas cumprindo nossos serviços”. O detetive fala também do relacionamento entre a polícia civil e militar. Ele destaca a sintonia que as duas corporações têm, diferente do que muitos vêem vinculados na mídia, pois tem cidade que as corporações não se entendem, mas Caeté é diferente, pois o estado está cobrando de todas as cidades mineiras, fazendo uma política de estado para que as corporações sejam unidas e Caeté já era assim antes mesmo desta política, apenas formalizamos o processo. Diz. Quando questionado sobre a ajuda da população em denunciar os crimes, Lau fala que a população ainda tem medo de participar das ações, pois tem medo de represália e muito das vezes ela não conhece o policial, sendo difícil o comprometimento, mas mesmo assim a polícia é referencia para a sociedade, pois a confiança na segurança e no trabalho é latente. O maior problema da polícia civil é o pequeno efetivo, equipamentos técnicos, laudos e perícias que são feitos com muitas dificuldades. O estado não disponibiliza tudo que é necessário para o desempenho do nos so trabalho.
Em momento de descontração, o detetive foi perguntado se já fez alguma prisão constrangedora e ele disse que sim. Ele citou dois casos, como, a prisão de um homem que foi pego fazendo sexo e até mesmo no banheiro fazendo as necessidades fisiológicas. Lau diz que prefere autuar assim, pois o poder de resistência é muito menor. “Não tenho dó de prender bandido, na hora da prisão fico com dó é dos familiares, como mãe, filhos e esposa, pois ele não tem nada haver com o ocorrido, que na maioria das vezes não sabem de nada. A prisão por fal ta de pagamento de pensão alimentícia é muito grande.“Vivemos em uma sociedade machista, onde os homens não admitem pagar a pensão aos filhos, por acharem que estão sustentando a ex-mulher e a t é me smo o novo namorado”.

Outro assunto da pauta foi acarta difamatória. Ele disse que acompanhou a sinvestigações no início, masdepois o delegado voltou dasférias e através da delegacia decrimes cibernéticos, assumiu ainvestigação. Mas quandoestava a frente, o principalacusado sempre dizia que aautoria da carta era de outrapessoa. Lau fala que serádescoberto o IP da carta, agorao próximo passo ser ia descobrir o autor.

Quanto ao suicídio que ocorreu no início da semana, Lau diz que o suicida estava com problemas de dívida, mas somente teremos certeza se foi suicídio mesmo, só depois de trinta dias, quando a perícia já tiver realizados exames com, toxicologia, trajetória da bala, exame alcoólico, resíduo gráfico, em precisando de mais uma perícia, ela será realizada.
Lau diz que gosta de trabalhar na cidade e que adotou o município. Confia muito na população e por ser uma cidade perto da capital e em grande progresso, ela ainda mantém o ar de cidade de interior e acolhedora.