festival-de-jazz2O Jazz e o Brasil
O Jazz é um estilo musical norte-americano nascido de uma mescla musical surgida num determinado tempo (inicio do século XX) e num determinado lugar (Nova Orleans, LA) onde ocorria uma grande afluência de negros provenientes de varias regiões dos EUA, trazendo sua diversidade musical.
Foi a partir desta particularidade afro-americana que incorporou-se um estilo musical que desenvolveu conceitos como blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia e improvisação. O festival-de-jazz2Jazz e o Brasil

O Jazz é um estilo musical norte-americano nascido de uma mescla musical surgida num determinado tempo (inicio do século XX) e num determinado lugar (Nova Orleans, LA) onde ocorria uma grande afluência de negros provenientes de varias regiões dos EUA, trazendo sua diversidade musical.
Foi a partir desta particularidade afro-americana que incorporou-se um estilo musical que desenvolveu conceitos como blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia e improvisação. Originalmente o Jazz sugou do swing e do ragtime a suas primeiras notas, e isto se dava com os instrumentos metálicos, os trompetes, as baterias e as cordas do banjo. No entanto, o Jazz, com o tempo foi incorporando outros instrumentos, dos quais o piano, o saxofone, o baixo acústico ganharam grande espaço.
E ainda, o Jazz incorporou e continua incorporando notas de outros ritmos e instrumentos.A aproximação do Jazz com a música brasileira se deu no período da transição do samba canção para a Bossa Nova, nos anos 50. Período em que, consequentemente, proliferam no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e depois em São Paulo os Trios, os quartetos e os quintetos instrumentais de Samba Jazz, título acrescentado a estes trabalhos e que, não sei se é correto, atribuir a nomeação deste estilo ao álbum de 1963 intitulado Jazz Samba, gravado pelos músicos de jazz, norte americanos, o guitarrista Charlie Byrd e o trompetista Stan Getz , apenas com músicas brasileiras,
E foi, desde momento em que os músicos brasileiros começaram a tocar Jazz e incorporarem neste trabalho instrumentos e notas de ritmos brasileiros, nascia o Jazz Brasileiro, propriamente dito.
Nesta série eu vou apresentar músicos, álbuns e grupos desta geração e desta seara.
Vou respeitar um critério que já usei anteriormente, em apresentar músicos em ordem alfabética.
E viva o Jazz!ANTONIO CARLOS JOBIM

JAZZ BRASILEIRO

Antônio Carlos Jobim (1927-1994) é um dos compositores brasileiros mais reverenciado, interpretado e tocado no mundo, nos dias de hoje. Pode-se encontrar desde os anos 60, até o momento, discos gravados e sendo gravados dedicados a sua obra.
Há sempre alguém gravando ou tocando Jobim, pode ser no piano de um americano, na voz de uma norueguesa, seja uma cantora inglesa, uma japonesa, seja qual for a origem, mesma a brasileira, Jobim é um dos compositores brasileiros dos mais celebrados e lembrados no planeta. Existem centenas de discos interessantíssimos e versões maravilhosas feitas a partir de sua musica.
Sua obra não se entende pelo rótulo de estilo, mas sim, por sua qualidade, sua sofisticação, sua técnica e criatividade que o colocaram num patamar que o situou entre várias tendências musicais que atendem desde a música popular brasileira, a bossa nova e, como que em direção as suas influências musicais externas, ela, sua obra, alcançou e criou um link forte e intenso com o Jazz. Assim, sua musica se tornou imensamente popular em várias partes do mundo, tornando-se universal.
A música de Jobim tem um código genético que pede o piano, o baixo acústico, um sax ou umtrompete, ou ambos. Escorrega fácil neste meio. Desenvolve-se bem.
Portanto, nada melhor que iniciar esta série homenageando este mestre da musica brasileira que tanto contribuiu para a existência do Samba Jazz, ou seja, do Jazz Brasileiro.
Jobim é dono de uma discografia interessante que iniciou nos anos 50 com sua contribuição na Sinfonia do Rio de Janeiro, com Billy Blanco, em 54, e com o Orfeu da Conceição, com Vinicius de Moraes, em 56. A partir deste momento, com a Bossa Nova, a obra de Jobim, passou a transparecer no violão de João Gilberto, na voz de Elizeth Cardoso e ganhou o mundo.
Foi a partir dos anos 70, quando acredito, Jobim se viu mais descolado do rótulo da Bossa Nova, que ele mostrou ao mundo sua veia mais jazzística e mais livre musicalmente.
Os álbuns como Wave (1967), Stone Flower (1970) ,Tide (1971) e Matite Perê (1973) revelam bem este momento de Tom Jobim. Ha ainda neste sentido o album “Elis e Tom” gravado em 74. Nele, pelos arranjos do álbum e sua atmosfera, vejo um retrato culminante da obra de Jobim capitaneado por seu piano e pela voz esplendorosa de Elis, ali, naquele registro, uma cantora de jazz com letras capitais.