A reunião da Câmara desta semana foi bem animada. Já no inicio, na leitura das correspondências, o publico presente pode ver o presente da Saritur para Caeté. Mas não se assustem. Não foi o aumento do número de ônibus, nem a comunicação da melhoria nos serviços. Foi um simples cartão de natal enviado à Câmara, e que, com certeza deve ter sido enviado aos demais órgãos do município, como a prefeitura. Vai ver a empresa resolveu agradecer o veto da lei pelo prefeito, e mandou a correspondência assinada pelo seu Presidente para Câmara, para lembrarem que ela existe e para eles não derrubarem o veto do prefeito à lei.

 

Já na tribuna, o primeiro a falar foi o cidadão Izaque Pereira, que iniciou sua fala cumprimentado a todos no estilo do Vereador Cabo Jorge. Só não chamou pelo nome àqueles que não sabia. Após os comprimentos - que demoraram mais de um minuto - ele faltou sobre o veto ao projeto de lei que criaria a possibilidade de a Prefeitura multar a Saritur todas as vezes que os ônibus da empresa circulassem com mais de ¼ dos passageiros em pé. Ele lembrou que o projeto é de muita importância para a população, pois ela é obrigada a ir para fora da cidade trabalhar por causa da falta de oportunidades geradas no município. Argumentou ainda que os vereadores foram eleitos para representar os interesses do povo, e, assim, convocou todos os vereadores para votar e derrubar o veto do Prefeito à lei. Depois, ele solicitou que os vereadores batessem palmas para o público presente na galeria de pé. Quem estava lá bem que viu que os vereadores ficaram um olhando para a cara do outro por um momento sem saber o que fazer... E olha que teve vereador que nem se deu o trabalho de levantar...

Após as palmas, ele falou sobre a taxa de iluminação pública e a taxa de lixo, e lembrou que não há como os vereadores votarem a favor de um projeto sem se quer conhecer o motivo da necessidade no orçamento do dinheiro por ela gerado. Ele questionou se não era possível para o executivo realizar um corte de gastos, e assim não mandar mais uma vez para o povo a conta da ineficiência do Estado. Finalizou entregando um documento aos vereadores, mostrando que o portal transparência do município não está funcionando mais, e pedindo que os vereadores olhem mais para os cidadãos antes de votarem os projetos, lembrando a eles que representam os interesses do povo e não de um executivo ineficiente.

Já Guilherme Rosa, o único vereador a utilizar a tribuna, começou de uma maneira inusitada, em sua fala ele parabenizou a Prefeitura pelo gradil colocado na Avenida João Pinheiro próximo ao GT. Depois elogiou a decoração de Natal do poliesportivo, lembrando que apesar de não estar às mil maravilhas foi pelo menos o primeiro passo para a melhora, já que esse ano foi a primeira vez que vimos, nos últimos anos, uma ornamentação de natal na cidade, e deixou um parabéns para os responsáveis pela decoração. Depois ele falou sobre o CEU do bairro Bonsucesso, onde esclareceu que o convênio foi assinado na gestão anterior e que teve a continuidade no atual governo, com acompanhamento do Vereador Diemerson Porto. Esclareceu o caso das cestas de natal, onde ele disse ter certeza que se o projeto fosse para votação seria aprovado com unanimidade, mas como ele foi retirado pelo executivo, que seguiu recomendação do Ministério Público, e lembrou ainda que várias outras ações como esta tiveram desgastes ou não foram dados aos funcionários, como o PMAC na saúde, o repasse do Fundef na educação e outros.

Já sobre a taxa, Guilherme destacou que não faz mais sentido o projeto da taxa entrar em votação este ano, já que a mudança que iria acontecer ano que vem foi prorrogada para 2015. Assim, não seria mais necessária a votação dela este ano, pois agora há mais prazo para a discussão. Já na taxa de lixo, ele lembrou que o importante é trabalhar e ter inteligência para que o governo possa trabalhar sem onerar o povo, e lembrou que, hoje, nem 10% da população quer pagar mais taxa, e que os vereadores são seus representantes, e, como representantes do povo, não podem votar a favor da taxa e contra o povo. E convocou ainda a população para ir à reunião extraordinária na segunda, dia 23, para demonstrar aos vereadores sua opinião sobre a taxa, e pediu ao Prefeito Zezé Oliveira que desse de presente a população de Caeté a retirada das taxas da Casa este ano.

Já nas votações dos projetos, requerimentos e moções, a discussão principal foi em tornos dos projetos que concederiam títulos de cidadão honorário e honra ao mérito para o Deputado Estadual, Dinis Pinheiro, o médico Thiago Gatto, e a dupla Darlan e Guilherme. Na discussão do titulo do Deputado Dinis Pinheiro, o vereador Dalton exaltou seus feitos e foi, em seguida, questionado por Nilo Teixeira, que falou que uma Câmara séria não pode dar tal honraria a uma pessoa que não fez absolutamente nada pelo município. Foi seguido por Guilherme Rosa, que disse que o título deveria ser dado a pessoas sem mandatos que contribuíssem com a cidade, e pediu vista do projeto, por desconhecer os trabalhos do deputado no município, e, para não cometer nenhuma injustiça, a ação foi seguida nas outras votações, onde exaltou que os ganhadores destas homenagens devem ter alguma contribuição com a comunidade.

 

Por hoje é só e até ano que vem, se Deus quiser!