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Galera, a Câmara de Caeté entrou em recesso e vamos passar o próximo mês recordando um pouco do que aconteceu durante o ano que terminou.
Esta semana, eu quero falar sobre um acontecimento, envolvendo um vereador, que me levou a pensar como algumas pessoas podem ser cruéis. Não estou aqui para apontar o erro de ninguém, e muito menos ir contra a opinião de outras pessoas. O que a coluna quer mostrar esta semana é que há pessoas, que não sei se por maldade ou falta de informação, tentam denegrir a imagem de outras. O que eu quero mostrar para vocês é que algumas pessoas não sabem separar o cidadão do político.
Nossa coluna mostrou, nos últimos meses, o que os vereadores fizeram na Câmara, suas ações em exercício da função e, em momento algum, a coluna falou de vida pessoal de vereador.
Os vereadores são pessoas como nós e têm problemas, dívidas, família, eles sofrem, eles sorriem, fazem coisas certas e erradas, e não podem ser julgados como vereadores em tempo integral. Cada um, na Câmara, tem uma vida em particular e isso não nos dá o direito de achar que o vereador está sempre legislando.
O vereador Tequinho não tem que te dar ingressos para as festas dele só porque ele é vereador. Afinal, toda a atração que ele promove na cidade tem um custo e, o dinheiro para pagá-las, não sai da Câmara. Por isso, ele tem que cobrar pela entrada e não dar cortesia por ser vereador.
Imagina o que seria de Cássio, se todos os eleitores quiserem um grande desconto em sua loja porque votaram nele? Seria o fim para o comerciante Cássio. Já imaginou o monte de gente atrás do advogado cabo Jorge, para ele resolver seus problemas sem que ele cobrasse?
E assim vai... As pessoas precisam saber separar o cidadão do político. E digo não só pelos vereadores, mas por toda a classe de políticos. Vereador, prefeito, deputado, entre outros. Todos têm vida, além da política. Temos que saber respeitar essas pessoas quando não estão exercendo seus cargos.
É aceitável julgar um vereador por ter feito algo errado na Câmara, por ter votado contra o povo, não fazer seu trabalho direito ou não estar a serviço da comunidade. Agora, querer que o vereador não tenha vida própria é terrível.
O que me deixou chateada e me levou a escrever sobre esse assunto nesta semana foi uma carta escrita pelo um leitor em um jornal da capital, em que o autor do texto foi de uma crueldade incrível. Penso se essa ação foi de caso pensado ou mesmo programada.
Sabemos o que o vereador Lourindo passou no fim de ano e nos comovemos. Alguns compartilharam a dor de perder seus sobrinhos. Sabemos que Lourindo acompanhou todas as buscas e sabemos como aqueles momentos devem ter sido dolorosos.
Nessa situação, sabemos que os minutos se alongam e parecem horas e que qualquer coisa nos faz perder a cabeça. Queremos que tudo se resolva rápido, para que a dor possa acabar (embora saibamos que a dor nunca vai acabar). Então, é muito difícil não reagir com raiva quando deparamos com pessoas que estão acostumadas a lidar com esse tipo de situação, mas estão dificultando as coisas ao invés de ajudar.
Agora, uma pessoa usar desse momento de desespero para tirar proveito ou mesmo querer “aparecer” é, no mínimo, desumano. Ali, não estava o vereador Lorindo, em busca de voto, e sim um tio, em estado de choque, pensando, não somente em tentar amenizar a dor de sua irmã, mas também receber os corpos de seus sobrinhos, que ele viu nascer e crescer. Usar desse momento de fragilidade de uma pessoa para tentar denegrir sua imagem, não tem nome.
Galera, as pessoas têm que colocar na cabeça que vereador é gente e, como a gente, ele tem sentimento e precisa ser respeitado. Fora de sua casa legislativa, quando não está executando suas funções, eles são pessoas comuns e devem ser respeitadas como tais. Quando encontrar um vereador fora de sua função, saiba que eles têm tantos direitos como vocês. Vamos tentar respeitar e não julgar o que eles fazem fora da Câmara.
Bem, é isso. Bom fim de semana! Os vereadores estão de férias e vamos deixar que eles descansem.