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Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com mais de 4 mil municípios do país apontou que Caeté apresenta um quadro de gestão em dificuldade. O levantamento utilizou como base os dados oficiais declarados pelas administrações municipais à Secretaria do Tesouro Nacional. Foram levados em conta a receita própria dos municípios, gastos com pessoal, liquidez e o custo da dívida.

O índice varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 melhor a situação fiscal do município. Cada um deles é classificado com conceitos A (Gestão de Excelência, com resultados superiores a 0,8 ponto), B (Boa Gestão, entre 0,8 e 0,6 ponto), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,6 e 0,4 ponto) ou D (Gestão Crítica, inferiores a 0,4 ponto).

Segundo a Firjan, Caeté obteve, em 2016, nota 0.5143, o que mostra gestão em dificuldade. Segundo a Prefeitura, em 2017, para melhorar a situação, “o município negociou todos os contratos vigentes, diminuiu custos com a folha de pagamento e realizou um programa de incentivo para quitação de débitos municipais dos cidadãos inadimplentes.”

Aumento de impostos municipais está descartado em 2018

Embora a receita própria do município venha crescendo, desde 2015, a Prefeitura esclareceu que não pretende elevar os tributos municipais em 2018. “Não haverá aumentos de impostos. O que vem sendo feito é a melhoria da gestão financeira e aumento da eficiência dos serviços para fazer mais, gastando menos”, garantiu.

Crise faz investimentos da Prefeitura despencarem

Manter escolas e unidades de saúde em funcionamento, ruas pavimentadas, limpas e bem iluminadas são alguns dos investimentos que a Prefeitura deve fazer para manter o bem-estar da população. Em Caeté, no entanto, esses investimentos têm sido menores nos últimos anos.

Segundo a Firjan, quando a avaliação foi o percentual de recursos próprios da Prefeitura alocados em investimentos no município, houve uma queda de quase metade entre os anos de 2015 e 2016.

O principal problema decorrente dessa queda nos investimentos, aponta o levantamento, é a crise fiscal pela qual passa Caeté e cerca de 90% dos municípios de Minas Gerais. Sem dinheiro em caixa e altamente dependente de recursos federais, destinar dinheiro para fomentar atividades econômicas locais está cada vez mais difícil.

O que diz o governo municipal?

Em nota, a Prefeitura afirmou que o aumento de investimentos é “um caminho a ser trilhado” pela gestão municipal. Acrescentou que a atual administração “consertou a casa” no primeiro ano de gestão, mas não apresentou nenhuma proposta concreta de elevação dos investimentos.