James Jim Mattis secretario defesa

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou nesta sexta-feira (27) que Washington "não tem como objetivo começar uma guerra" com a Coreia do Norte, mas iniciar um processo para conseguir a "completa desnuclearização" da península coreana.

Mattis fez estas declarações no primeiro dia de sua viagem para a Coreia do Sul, durante visita a um ponto de controle da fronteira e a Zona de Segurança Conjunta, que faz parte da zona desmilitarizada que divide as duas Coreias.

"Como deixou claro o secretário de Estado [Rex Tillerson], nosso objetivo não é a guerra, mas a completa, verificável e irreversível desnuclearização da península coreana", disse o chefe do Pentágono, em declarações divulgadas pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Mattis também pediu ao regime liderado por Kim Jong-un que pare as provocações que poderiam desencadear "uma catástrofe", durante a sua visita ao posto da fronteira que está localizado a poucos metros do território norte-coreano, onde esteve acompanhado de seu colega sul-coreano, Song Young-moo.

Song, por sua vez, destacou que os mísseis balísticos e as bombas nucleares que a Coreia do Norte testou de forma insistente "são armas que não podem ser usadas", e ameaçou o país vizinho com "represálias da sólida aliança entre Washington e Seul" se continuar com seus testes armamentísticos.

A viagem de Mattis para a Coreia do Sul está focada em discutir como lidar com os desafios da Coreia do Norte junto ao Exército e o governo sul-coreanos e faz parte de uma excursão asiática em que também visitou Filipinas e Tailândia.

Após visitar a Zona de Segurança Conjunta, o secretário americano deve se reunir hoje com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, segundo o escritório presidencial de Seul.

O encontro servirá como preparação para o encontro entre Moon e o presidente americano Donald Trump, que acontecerá no próximo dia 7 de novembro, em Seul, para abordar a questão da Coreia do Norte, num momento em que a tensão recuou após o silêncio de Pyongyang nas últimas semanas.