James Jim Mattis secretario defesa

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James “Jim” Mattis, disse nessa terça-feira (4), em uma audiência no Congresso americano, que era do interesse nacional dos EUA manter um acordo histórico celebrado entre o Irã e as seis potências mundiais para controlar o seu programa nuclear. A informação é da agência chinesa Xinhua.

As declarações de Mattis chegaram em um momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, está analisando se deve abandonar o acordo negociado durante a administração de Obama.

"O que eu faria é, se podemos confirmar que o Irã está cumprindo o acordo, se pudermos determinar que isso é do nosso interesse, então, claramente, devemos ficar com ele", declarou Mattis em uma audiência no Senado.

"Eu acredito, neste momento, não ter indicações contrárias [ao acordo],  acho que é algo em que o presidente Trump deveria considerar permanecer," acrescentou Mattis.

O general aposentado de quatro estrelas também respondeu "sim" quando perguntado se era do interesse nacional dos Estados Unidos permanecer no acordo, celebrado em julho de 2015 entre o Irã e Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e EUA após negociações de uma década.

Os comentários de Mattis foram aparentemente contraditórios com o discurso de Trump pronunciado no mês passado na Assembleia Geral da ONU, onde chamou o acordo de "um embaraço" para os Estados Unidos e indicou que ele pode não recertificar o acordo em seu prazo de meados de outubro.

Os líderes iranianos reagiram fortemente às observações de Trump, dizendo que palavras tão hostis não intimidarão a República Islâmica.

Em 15 de outubro, Trump deve testemunhar no Congresso se Teerã está cumprindo o acordo e se continua sendo de interesses dos Estados Unidos continuar com ele. Se ele decidir que não é, poderia abrir caminho para os legisladores dos EUA imporem novamente sanções ao Irã, levando ao potencial colapso do acordo.

O acordo nuclear com o Irã, oficialmente conhecido como Plano Integral Conjunto de Ação, ajudou a desarmar a crise nuclear do país e reforçar o regime internacional de não proliferação. No mês passado, a Agência Internacional de Energia Atômica, organismo da ONU, disse que o Irã estava jogando de acordo com as regras estabelecidas no acordo nuclear.