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A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou, nesta terça-feira (7), um mutirão, em parceria com a Universidade Vale do Rio Doce (Univale), para ouvir, aproximadamente, 320 suspeitos de estarem se passando por pescadores, a fim de obter o recebimento fraudulento de indenizações devidas em decorrência do rompimento da estrutura de contenção de rejeitos da barragem de Fundão, a qual era operada pela empresa Samarco, em Mariana.

O Inquérito Policial foi instaurado em setembro deste ano a pedido do Ministério Público, que recebeu a denúncia de que pessoas estariam se passando por pescadores para receberem indevidamente a indenização paga aos profissionais da pesca atingidos.

De acordo com a Delegada responsável pela Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações, em Governador Valadares, Juliana Fiúza, aproximadamente, 320 pessoas, que já estariam recebendo as indenizações, estão sendo investigadas pelo crime de falsidade ideológica e devem ser ouvidas para averiguação.

Ainda de acordo com a Delegada, visando dar celeridade ao Inquérito Policial, foi realizada parceria junto à Univale, que cedeu cerca de 20 estudantes e estagiários do núcleo de assistência jurídica da Universidade para auxiliarem nas oitivas.

Além dos estudantes, mais quatro policiais civis, sendo dois escrivães, um investigador e a Delegada responsável, estão empenhados na realização desse mutirão, que deve seguir até a próxima segunda-feira (13). Após as oitivas, será dado prosseguimento às investigações a fim de apurar o caso, com o posterior encaminhamento ao Poder Judiciário, visando à responsabilização dos possíveis fraudadores.