A pesca de espécies não nativas, aquelas introduzidas artificialmente, está liberada na Bacia Hidrográfica do Rio Doce dentro do estado de Minas Gerais, conforme portaria do Instituto Estadual de Florestas (IEF). A captura de espécies de ocorrência natural, isto é, nativas, segue proibida.

A pesca de espécies exóticas, de origem e ocorrência natural em outros países, e híbridas, resultantes do cruzamento entre diferentes espécies, também estão liberadas. Segundo o instituto, a medida tem objetivo manter o equilíbrio ecológico no rio, atingido por rejeitos que vazaram da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana.

O rompimento de Fundão ocorreu em 5 de novembro de 2015, sendo considerada a maior tragédia ambiental brasileira. O desastre provocou a morte de 19 pessoas. Mais de 40 milhões de m³ de rejeitos de minério foram despejados nos rios e chegaram até o mar, no Espírito Santo.

A portaria estipula uma limitação para a pesca amadora de 10 kg mais um exemplar de qualquer tamanho. Ainda segundo a portaria, em caso de captura acidental, as espécies nativas deverão ser devolvidos imediatamente à água.

De acordo com o IEF, a pesca na Bacia do Rio Doce estava totalmente proibida desde 1º de novembro de 2016, e a medida foi revista a partir de estudos sobre a recuperação populacional das espécies.