Max (Lima Duarte) está gélido diante de seu antigo desafeto, Gabriel (Juca de Oliveira), que parece meio aéreo dentro da casa do fazendeiro: “Me disseram que aqui é a casa de Max Martinez... Você é Max Martinez?”.
O pai de Manuela (Milena Toscano) põe a mão sobre a arma que guarda na gaveta e fica em alerta total: “Parado aí! Não te chamei aqui, não lhe convidei”. Ignorando a frase, Gabriel se aproxima cada vez mais: “Mas o que é isso Max Martinez?! Eu estou aqui em nome de nossa velha amizade para te pedir um favor”, diz o velho homem, com um largo sorriso no rosto.
Max (Lima Duarte) está gélido diante de seu antigo desafeto, Gabriel (Juca de Oliveira), que parece meio aéreo dentro da casa do fazendeiro: “Me disseram que aqui é a casa de Max Martinez... Você é Max Martinez?”.
O pai de Manuela (Milena Toscano) põe a mão sobre a arma que guarda na gaveta e fica em alerta total: “Parado aí! Não te chamei aqui, não lhe convidei”. Ignorando a frase, Gabriel se aproxima cada vez mais: “Mas o que é isso Max Martinez?! Eu estou aqui em nome de nossa velha amizade para te pedir um favor”, diz o velho homem, com um largo sorriso no rosto.
Max fica sem entender e pergunta do que Gabriel está falado. “Da dívida. Da dívida da estância. Eu vim aqui pedir ao amigo um adiamento. Meu neto, Solano, não tem condições de saldar a dívida na data combinada porque toda a safra de girassol pegou fogo. Imagine você: a safra já estava toda vendida e virou cinza. Então, como sei da sua grande estima e amizade, vim pedir...”, explica o avô de Solano (Murilo Rosa), que é cortado nesse momento.
“Que amizade? Que estima? De onde tiraste isso? Nós nunca fomos amigos. Pelo contrário”, afirma Max, categórico. Mas Gabriel ainda está confuso: “Não? Como não? Me lembro bem de você, Max Martinez... visitando Antoninha. E quem é amigo de minha amada Antoninha é meu amigo também”.
Ao ouvir o nome da amada, Max explode: “Nunca. Nunca. Eu? Amigo teu? Só podes estar louco. Tu me desgraçou a vida, infeliz. A minha e de Antoninha, quando apareceu aqui no Araguaia. Como posso ser amigo do homem que me tirou a única coisa, a única pessoa que me importava nessa vida?”
Em seus devaneios, Gabriel faz cara de interrogação e acha que só pode estar havendo um mal entendido. Max continua: “Depois de todos esses anos tens a coragem de vir a minha casa, me pedir favor? Pedir por teu neto, aquele gaúcho caborteiro, que desde o dia que pisou nessas terras só tem me causado estrago e destruição? Estás louco ou o quê?”.
Gabriel tenta apaziguar: “Não, Max. Você não está entendendo, ou não está se lembrando de mim. Eu sou o marido de Antoninha, sua grande amiga Antoninha, dona da estância...”. Max o corta mais uma vez: “Minha Antoninha! Minha! Meu amor! Minha vida! A mulher que tu me roubaste. Fora daqui, infeliz, fora da minha casa!”.
Gabriel se aproxima ainda mais e sorri gentilmente para o “amigo”, que aponta o revólver para o peito dele, muito nervoso: “Já disse para sair da minha casa. Fora das minhas terras!
Não sou da tua laia. Não pertenço a essa corja, essa legião de subversivos de que tu faz parte. Não me iguale a teus pares que só semearam o terror onde pisaram. E não coloque nunca mais os teus pés nas minhas terras”.
Gabriel reage, atônito: “Você... você não é Max Martinez. Um amigo não aponta uma arma para o outro”. Max se exaspera: “Não sou teu amigo, infeliz. Sou teu pior inimigo!”. O Vilão se prepara para puxar o gatilho... Manuela aparece no escritório do pai e leva Gabriel para fora, amenizando a tensão.