Categoria: Casos de Policia

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deve finalizar, nos próximos dias, o inquérito que investiga um homem de 40 anos, apontado como autor do crime de estupro de vulnerável. Na ocasião, o filho dele, de 17 anos, também teria violentado sexualmente a garota. O crime foi em Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste mineiro. À época dos fatos a jovem tinha apenas 13 anos e, em consequência do estupro, ficou grávida.

De acordo com o Delegado Weslley Amaral de Castro, os fatos começaram a ser investigados a partir de julho de 2018, quando a Polícia Civil tomou conhecimento de que a adolescente estava grávida de sete meses. As apurações iniciais apontavam que o pai do bebê seria um adolescente de 15 anos, com quem ela teria tido relação sexual consentida. Porém, durante as investigações, foi levantado que o suspeito e o filho abusaram da vítima. A confirmação da paternidade veio após o exame de DNA.  

Castro informa que, segundo levantamentos, a vítima tinha o costume de ficar sozinha quando a mãe e o padrasto saíam para trabalhar. “Aproveitando da referida fragilidade, o investigado e o filho iam até a casa da vítima e praticavam os abusos. A vítima detalhou que, enquanto o adolescente a segurava e a amordaçava, o suspeito mantinha relações sexuais e posteriormente, pai e filho trocavam as posições e os abusos recomeçavam”, descreve.

O Delegado completa que o suspeito ainda ameaçava a vítima e familiares de morte. “Os abusos teriam ocorrido, pelo menos, em três situações, sendo a primeira no final de 2017 e as duas últimas no início de 2018. Ressalta-se que o suspeito é irmão do padrasto da vítima e que o contexto de confiança familiar contribuiu para a consumação dos abusos”, observa.

Apesar do resultado de exame de DNA ter apontado a autoria, o investigado negou ter cometido o crime, e o Delegado explicou que não se trata da primeira vez que a jovem é violentada. “O objetivo das investigações, agora, é apurar eventual conivência dos familiares da vítima, ou ainda a prática do crime de abandono de incapaz, uma vez que ela já havia sido estuprada anteriormente, por um homem de 27 anos, já indiciado e preso”, conclui.

A pena prevista para o crime de estupro de vulnerável é de até 15 anos, podendo ser aumentada em até dois terços, devido à gravidez. O homem, de 40 anos, foi encaminhado ao Sistema Prisional e encontra-se à disposição da Justiça. Em relação ao adolescente suspeito, a Polícia Civil representará pelas medidas cautelares pertinentes e ele deve responder pelo ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável.