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O uniforme usado em um campo de concentração por Hercz Rosenberg, sobrevivente que veio para o Brasil após a Segunda Guerra Mundial, é parte da exposição Holocausto - Trevas e Luz, no Museu do Amanhã, no RioTomaz Silva/Agência Brasil

Espaço cultural voltado para a ciência, o meio ambiente e a reflexão sobre o futuro da humanidade, o Museu do Amanhã lança um olhar sobre um período tenebroso da história mundial com a exposição Holocausto – Trevas e Luz, aberta ao público nesta quarta-feira (26). Resultado de uma parceria da prefeitura do Rio com o Museu do Holocausto, de Curitiba, a mostra é uma homenagem especial às vítimas do nazismo - cerca de 6 milhões de pessoas, a maioria judeus, perseguidas e aniquiladas pelo regime totalitário que vigorou na Alemanha e países por ela dominados entre 1933 a 1945.

Montada no espaço Galeria do Tempo, mesmo andar do circuito permanente do museu, a exposição é dividida em três módulos. No primeiro deles, o visitante é convidado a refletir sobre a tragédia por meio de uma cenografia temática, que reproduz a típica câmara de gás dos campos de concentração e exibe fotos marcantes de época e frases de impacto.

No segundo módulo, a exposição homenageia os chamados ‘justos entre as nações’, nome dado aos que correram riscos para salvar judeus perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial. O circuito termina com a exibição de trabalhos e redações feitos por alunos de escolas públicas sobre o tema Museu do Amanhã, que trata o Holocausto com ações de alerta para que evitar que a tragédia se repita.

“Revisitar o fato histórico por meio desta mostra é uma forma de rever o passado e pensar sobre o presente, e assim escolher conscientemente o amanhã que desejamos. Nesse triste período da história, prevaleceram as piores características humanas, como o ódio, a intolerância, o racismo e o preconceito”, destacou o diretor de Conteúdo do Museu do Amanhã, Alfredo Tolmasquim.

“Apesar das mudanças e evoluções entre as relações humanas, continuamos repetindo essas atitudes, inclusive no Brasil. Esperamos que a escuridão do Holocausto sirva como um farol para iluminar o futuro da humanidade”, alertou.

Na exposição, o público encontra peças como o uniforme usado em um campo de concentração por Hercz Rosenberg, sobrevivente que veio para o Brasil após a Segunda Guerra Mundial. A mostra conta também com obras de Fayga Ostrower (1920-2001), polonesa que também emigrou para o Brasil, fugindo no nazismo, e aqui se tornou uma premiada artista plástica. São exibidos ainda trechos de depoimentos de sobreviventes do Holocausto coletados pela Fundação Shoah, criada pelo cineasta Steven Spielberg.

Crivella

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Rio de Janeiro - O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e autoridades visitam a exposição Holocausto - Trevas e Luz, no Museu do AmanhãTomaz Silva/Agência Brasil

“O massacre de 6 milhões de pessoas é uma coisa que precisa ser relembrada. Eu queria convidar meninos e meninas da rede pública, os nossos jovens e as famílias do Rio, para que pudessem conhecer o que foi essa tragédia. Nós vivemos no Rio de Janeiro hoje uma violência anômica, mas eu tenho certeza que, assim como a mais abjeta das vilanias foi derrotada pelo mundo, que se reergueu para construir a paz, o Rio também vai reencontrar o caminho da paz”, disse o prefeito Marcelo Crivella, que percorreu a mostra nesta terça-feira (25), em visita para convidados.

Crivella esteve acompanhado das secretárias municipais de Cultura, Nilcemar Nogueira, e de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Bergher; do cônsul honorário de Israel, Osias Wurman; do presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, Herry Rosenberg; e do diretor executivo da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto.

A exposição Holocausto – Trevas e Luz fica em cartaz até 15 de outubro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. O ingresso, que dá direito a visitar todo o museu, custa R$ 20, a inteira, e R$ 10, a meia-entrada. O Museu da Manhã fica na Praça Mauá, no centro do Rio.