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aecio-neves-roda-vivaO candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, disse hoje (22) que uma possível investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o aeroporto que foi construído na cidade de Cláudio, quando era governador de Minas Gerais, “será muito bem-vinda”.  O PT entrou hoje (22) com um pedido de abertura de inquérito na PGR para investigar o caso. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada no último domingo (20), diz que o governo de Minas Gerais construiu o aeroporto em uma fazenda que pertencia ao tio-avô do candidato do PSDB, quando era governador do estado.

Aécio Neves disse que a promotoria de Minas Gerais, sem seu conhecimento, já tinha aberto uma investigação sobre o caso, que foi arquivada por não ter encontrado quaisquer irregularidades. Segundo documento do Ministério Público de Minas Gerais, distribuído por assessores de Aécio, foi instaurado inquérito para investigar a construção do aeroporto e que, por não haver irregularidades, foi arquivado em fevereiro deste ano.

“Essa informação [notícia] é mentirosa. Não existiu nenhuma construção, de absolutamente nada, em nenhuma área privada. A área em voga foi desapropriada em benefício do estado, como atestam todos os documentos e foi feita em imissão de posse em nome do governo do estado de Minas Gerais e a partir disso foi feito o processo licitatório”, disse o candidato. Segundo ele, a desapropriação foi feita pelo valor de R$ 1 milhão. “O proprietário da área, meu tio-avô, argumentava e apresentou proposta para R$ 9 milhões, mas foi desapropriada com valor depositado de R$ 1 milhão. Se houve alguém favorecido nisso foi o estado e não o meu parente”. Indagado por jornalistas sobre a escolha da área, ele argumentou que isso ocorreu porque “era a mais barata” e não exigiria muitos gastos em terraplenagem.

De acordo com o candidato, este é um procedimento comum em todo o país. “No governo federal existe, inclusive, um parecer do Tribunal de Contas da União nessa direção. Se não fosse assim, se [precisássemos] esperar por acordo judicial, não teríamos estradas prontas”, argumentou.

Aécio disse ainda que dois ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros Ayres Britto e Carlos Velloso, já tinham dado seus pareceres sobre a questão e “atestado a absoluta legalidade do ato que foi feito pelo governo de Minas Gerais”. Segundo ele, Ayres Britto disse que “nada de juridicamente inválido nesse proceder administrativo do estado, que fez o prévio depósito judicial do valor indenizatório que lhe pareceu, fundamentalmente justo”. Já o ministro Carlos Velloso escreveu que “o procedimento é correto” e está de acordo com a lei que “autoriza, uma vez proposta a ação e efetuado o depósito, em razão de alegação de urgência, a imissão provisória na posse”.

No início da noite de hoje, o candidato se encontrou com a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) em seu comitê, no bairro dos Jardins. A deputada pediu apoio do candidato para a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão, com propostas nas áreas de educação, comunicação, habitação, trabalho e Previdência Social para pessoas com deficiência. Aécio Neves disse que pretende fazer novas reuniões para discutir o projeto.

Outro candidato que teve agenda hoje em São Paulo foi Mauro Iasi (PCB). De acordo com agenda divulgada pela assessoria, estava prevista reunião com militantes e apoiadores de campanha na sede do partido.